A amamentação é "fechamento" natural do ciclo da gravidez e do parto, segundo G.D de Carvalho, 2001.
Assim como a gravidez e o tipo de parto, a amamentação também deve ser bem orientada e acompanhada por profissionais experientes e pessoas aptas a dar todo apoio necessário à mãe e ao pai, para que eles consigam levar esse período tão fundamental de desenvolvimento do bebê até o tempo necessário.
Na realidade, a amamentação é a sua preparação para a vida. Sabe-se que a continuidade do desenvolvimento sadio do bebê depende dos estímulos recebidos por ele enquanto mama no peito.
De acordo com os princípios da RNO - Reabilitação Neuro Oclusal (método de tratamento odontológico das lesões orofaciais) a maioria, senão todas as lesões que comprometem o sistema mastigatório, como apinhamento dental, cáries, assimetria facial, problemas das ATMs, periodontites, etc. são desenvolvidas durante o primeiro ano de vida e podem ser facilmente evitadas nesse período.
Durante o tempo de mamada, estão sendo oferecidos ao bebê afeto, nutrição e os estímulos primordiais e essenciais para que todo o seu organismo se desenvolva com função plena. Ela precisa ser em livre demanda, ou seja, quando e enquanto o bebê solicitar, respeitando a sua individualidade.
É preciso que a mãe que deseja amamentar pense em como fazê-lo, procurando orientação adequada durante a gestação e também após o parto.
Todo bebê nasce com duas necessidades básicas. Uma é fisiológica, voltada para o alimento que é o leite materno.
A outra é neural de trabalho muscular, que é o violento impulso de sucção que o bebê possui.
Durante o aleitamento materno, e somente no processo correto de amamentação, essas duas necessidades são supridas.
A constituição de leite ideal para a nutrição do recém-nascido é a do leite materno.
O único leite que, além de ser bactericida, durante o tempo de mamada vai se alterando e se enriquecendo em sua composição nutritiva, oferecendo ao bebê tudo o que ele precisa, desde água, proteínas, anticorpos, carboidratos, sais minerais, vitaminas, glóbulos de gordura, endorfina que auxilia a suprimir a dor, entre outras substâncias, como o fator bífido, que impede o crescimento no intestino do bebê de bactérias que causam a diarréia.
Portanto, não existe leite materno fraco.
Além de proporcionar ao leite mais nutrientes, o tempo de mamada permite que o bebê ordenhe o peito da mãe saciando o seu instintivo impulso neural de trabalho muscular.
Durante o movimento de ordenha que o bebê realiza ao mamar, as estruturas responsáveis pela respiração, mastigação, deglutição, fala e postura corporal vão sendo desenvolvidas como devem, corretamente.
Junto a esse fundamental desenvolvimento, as carências afetivas do bebê também vão sendo saciadas graças ao contato de pele entre mãe e filho. Toda a sua biopercepção é estimulada através do cheiro, gosto, toque, visão e audição.
É quando o bebê sente o cheiro e o gosto do leite, que o guia em direção à mama e o estimula a se alimentar até saciar sua necessidade fisiológica por alimento. Quando ele, na troca de olhares com a mãe e na percepção do toque de suas mãos e do seu abraço, sente-se seguro e protegido. Ao escutar o batimento cardíaco materno e a sua respiração se sente tranqüilo.
Recebe a maior demonstração de amor e de carinho que todo recém-nascido espera meses para poder receber. Torna-se uma criança feliz e saudável.
Assim, vemos que a amamentação em livre demanda não é importante apenas para nutrir corretamente o bebê, ela promove o seu desenvolvimento físico e garante o seu bem estar emocional.
Portanto, amamentar não é somente alimentar no peito. É a chance que todas as pessoas precisam ter para se tornarem física e emocionalmente saudáveis.
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